Background Image
Previous Page  19 / 56 Next Page
Basic version Information
Show Menu
Previous Page 19 / 56 Next Page
Page Background

19

públicos somente podem ser utilizados com a finalidade a que

se destinam, que é a realização do interesse da coletividade.

Em sentido rigoroso, “a norma não apenas busca preservar

a coisa pública, como também proibir que haja benefício para

as agremiações ou candidatos, consistente numa forma de

contribuição de campanha duplamente ilegal. Por isso, não

podem os partidos e candidatos usar em seu proveito as

instalações de prédios públicos para a realização de reuniões;

não podem usar carros, ou birôs, ou qualquer tipo de bemmóvel

para estruturar os seus comitês”

3

.

Logo, não pode, por exemplo, o uso de ginásio de esportes

para reuniões de partido; o uso de carro público para passeatas

e comícios ou transporte de eleitores; o uso das salas de aula

para encontros de candidatos, etc.

Exceção:

Não se aplica a vedação do inciso I, art. 73, o

uso, em campanha pelos candidatos à reeleição de prefeito e

vice, de suas residências oficiais, com os serviços inerentes à

sua utilização normal, para realização de contatos, encontros

e reuniões pertinentes à própria campanha,

desde que não

tenham caráter de ato público.

O TSE entende que a interdição está relacionada ao uso

e à cessão de todos os bens patrimoniais indisponíveis ou

disponíveis, conforme decisão:

Recurso especial. Representação com base nos arts. 41-A e 73

da Lei n

º

9.504/97. (...) A vedação a que se refere o inciso I do

art. 73 da Lei n

º

9.504/97 não diz, apenas, com as coisas móveis

ou imóveis, como veículos, casas e repartições públicas.

3 COSTA, Adriano Soares da.

Instituições de Direito Eleitoral.

6. ed. Belo Horizonte: Del Rey,

2006, p. 867.